12 janeiro 2008

0024 - 1ª Exposição de Arqueologia


A 1ª exposição de arqueologia em Fornos de Algodres foi realizada há ja quase 20 anos, em 1989, no salão nobre da Câmara Municipal. O Gabinete de Arqueologia (GAFAL) estava a trabalhar há dois anos e os primeiros resultados desses trabalhos (inventariação do património arqueológico e início das escavações no Castro de Santiago) foram ali divulgados.
A exposição foi ainda muito "artesanal", mas foi cumprindo os seus objectivos, os quais têm norteado a intervenção arqueológica no concelho: fazer acompanhar a investigação e a inventariação da sua divulgação cinetífica e para o grande público. Hoje, investigadores portugueses e estrangeiros conhecem os sítios de Fornos e cintam os trabalhos ali realizados, os quais estão publicados em várias de dezenas de textos, em livros e revistas da especialidade. O conhecimento científico, sobretudo da Pré-História de Fornos de Algodres, está bem cimentado. Um pouco mais atrás vai indo o conhecimento e a valorização pública deste património. Contudo, apesar das dificuldades, o património arquológico de Fornos é hoje conhecido e vivido de uma forma radicalmente diferente do que era há 20 anos atrás. Há ainda muito que fazer ao nível da sua divulgação e, sobretudo, da sua vivência e respeito. Mas comparar o presente com a altura desta exposição é reconfortante.

3 comentários:

Nuno Soares disse...

“O caminho faz-se caminhando...”. De facto, embora haja ainda muito a fazer, ao nível da investigação e, principalmente, da preservação, da divulgação e da vivência deste património, é deveras encorajador ver o que já foi conseguido nas duas últimas décadas. Um concelho de escassos recursos, soube dar algumas “lições” nesta matéria. Faço votos de que o rumo se mantenha, com crescente envolvimento da comunidade, valorizando um património que, creio, será também um factor crítico de sucesso para o desenvolvimento sustentável da região. Assim seja!

Anónimo disse...

Essa mesma exposição dita "artesanal" tinha uma particularidade muito interessante: ter sido pensada/construída para se constituir como uma "exposição itinerante", percorrendo todas as freguesias do concelho. Recordo que, à excepção de Maceira, onde permaneceu durante a 1ªsemana de Setembro de 1993, nenhuma outra Freguesia (não sei se também esteve em Cortiço?) demonstrou interesse em a acolher. O que foi uma pena!! E digo isto com toda a sinceridade por, em Maceira, se ter revelado uma experiência mesmo muito interessante. As pessoas entravam levadas pela curiosidade (o que está ali a acontecer?); olhavam com perplexidade e algum divertimento para as fotos (pedras? E aquilo é o quê?); faziam perguntas (isto é onde? Estão a escavar o quê? quem são estas pessoas?); questionavam o interesse das descobertas (mas isto vale alguma coisa? Só se for para os de fora!); revelavam outras descobertas (no sitio tal também existe uma sepultura como esta…); relatavam algumas histórias engraçadas a respeito dessas descobertas e, por fim, quando saíam levavam consigo mais conhecimento e interesse pelas coisas da terra, deixando-nos a todos mais enriquecidos.
Foi, sem dúvida uma boa iniciativa do GAFAL!!
E por que não repetir a iniciativa e torná-la de facto numa EXPOSIÇÃO ITINERANTE??? Através dos associados da Terras de Algodres talvez fosse, hoje, mais fácil cumprir este objectivo, não? Desde já ofereço os meus préstimos!!

Al Cardoso disse...

Gracas a D*us tivemos no concelho um grande timoneiro, pois todos os barcos necessitem de um.
Parabens DR. Valera pelo seu empenho e, a todos os que nestes vinte anos o acompanharam.
Mais ainda lhe agradeco pelo facto de nem ser oriundo do nosso municipio.
De facto o que e necessario neste momento e mais divulgacao, mas e principalmente, mais educacao arqueologica e ambiental por parte dos nossos jovens, isto embora se possa e deva iniciar nas familias, deve ser implementado nas escolas.
Uma populacao educada e respeitadora, protege e divulga o seu patrimonio!

Um grande abraco d'algodrense.