28 dezembro 2007

0018 - Patrimónios da Semana 07 (Infias)




Inscrição romana integrada na fachada da Igreja Matriz de Infias. Segundo Coelho 1948, a sua transcrição é:


DEO / MERCVRI / APONEVS / SOSVMVS / A(nimo). L(ibens). V(otum). S(olvit).


Trata-se de uma inscrição dedicada ao deus Mercúrio, deus romano da eloquência, do comércio, dos viajantes e dos ladrões. Mercúrio era também quem levava as mensagens de Zeus, daí as asas que lhe ornamentavam o capacete e as sandálias e a sua associação aos viajantes e às estradas. A presença desta dedicatória em Infias pode revelar a importância desta povoação como importante encruzilhada viária da rede associada à via de Emerita a Bracara Augusta.

De facto, Infias terá sido uma importante povoação no período romano e nela foram recolhidos vestígios arquitectónicos (colunas, capiteis), cerâmicas, moedas, que documentam a existência de importantes vestígios arqueológicos.

Infelizmente, tal como já foi referido para a capela de St. Cristo no Sobral Pichorro, também o tempo está a fazer desaparecer a inscrição. As duas fotografias têm 20 anos de diferença.

21 dezembro 2007

0017 - Boas Festas



É o que a Terras de Algodres deseja a todos os seus associados, a todos os forneses e aos visitantes desta página.

0016 - Patrimónios da Semana 06 (Fuinhas)



"O govêrno da Ditadura beneficiou-a em 1934 com um magnífico edifício escolar" (Pinheiro Marques, 1938)

Esta é a referência que Pinheiro Marques faz, no seu Terras de Algodres, à escola primária das Fuinhas. Trata-se, de facto, de um belo exemplar da arquitectura modernista do Estado Novo aplicada aos edifícios escolares que foram sendo construídos por esse país fora. Num momento em que muitas escolas primárias fecham por estarem sem alunos e em que muitos destes edifícios são vendidos, queremos aqui lembrar que eles fazem hoje parte do património arquitectónico português da primeira metade do século XX. Merecem, pois, a nossa atenção e cuidado. Como o da imagem.

14 dezembro 2007

0015 - Patrimónios da Semana 05 (Fornos de Algodres)


Fotografia antiga de Fornos de Algodres. Porque a fotografia também é património.
E aproveita-se a ocasião para desafiar os associados da Terras de Algodres (e simpatizantes) a enviarem fotografias antigas do concelho para a associação (mail aqui ao lado), para que esta possa fazer um arquivo a disponibilizar na futura página na net.

13 dezembro 2007

0014 - Teodósio (imperador)



Esta moeda romana foi recentemente recolhida nas escavações de Algodres, onde contextos arqueológicos do período alto imperial (séculos IV-V) se encontram preservados sob a necrópole medieval. Trata-se de uma moeda cunhada no período do Imperador Teodósio, representado iconograficamente na imagem da direita.

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Teodósio I, o Grande, também conhecido como Flavius Theodosius, foi imperador bizantino. Nasceu em Espanha por volta de 346 e faleceu em Milão em 395. Foi o grande último líder de um império Romano unido.
O imperador Graciano nomeou Teodósio Co-Augusto do Oriente em 378. Em 392 Teodósio acabou por tomar o Ocidente do império e governou como imperador único. Após algumas campanhas inconclusivas contra os godos, acabou por fazer um tratado pelo qual aqueles preservavam sua independência política no interior do Império Romano em troca da obrigação de fornecerem tropas ao exército imperial. Este tratado seria uma das causas do enfraquecimento militar romano que levaria ao saque de Roma pelos mesmos godos em 410.
Teve dois filhos, Arcádio e Honório, e uma filha, Pulcheria, da sua primeira mulher Aelia Flacilla. Arcádio foi o seu herdeiro no Oriente e Honório no Ocidente. De sua segunda mulher, Galla, filha do imperador Valentiniano I, ele teve uma filha, Galla Placidia.
Teodósio foi educado numa família cristã e foi baptizado em 380. D.C.. Com ele assistiu-se ao fortalecimento da religião cristã no interior do império.


(adaptado de Wikipédia)


07 dezembro 2007

0013 - Patrimónios da Semana 04 (Figueiró da Granja)



CAPELA DE NOSSA SENHORA DA COPACABANA
Esta capela quase nunca mencionada nos roteiros mais divulgados, fica situada no Outeiro de Cima na antiga vila e hoje aldeia de Figueiro da Granja. Eu considero-a interessante por várias razões:
- A construção em planta quadrangular (ou quase) e cobertura de quatro águas, (outrora telhado, mas depois da qualificação em metal) e a fontaria em empena recta com um campanario a rematá-la.
- A invocação não muito usada em Portugal e com origem na América do Sul onde foi missionário o fundador da capela no século XVII.
- O enquadramento da capela com um belo adro murado que tem na estremidade norte um pequeno cruzeiro com uma base com uma gravação interessante, mesmo em frente de uma casa muito antiga que se supõe ter sido a aprimeira residência dos 'Osórios' em Portugal família nobre originária de Castela, que aqui assentou arraiais no seculo XIV ou XV.
- O fundador da capela; Simão Soveral Tenrreiro, era descendente do 'Soverais' uma família 'fornoalgodrense', muito antiga com origens pelo menos no século XIII!

(Enviado por Albino Cardoso, sócio nº 15)